terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Retorno do Fim do Mundo

Cedo levantamos para voltar pra Chapecó. Chegamos aqui completando quase 12 mil quilômetros percorridos em 25 dias de viagem.
No mapa dá para ter uma idéia de todo o trajeto.


Nestes dias tivemos que aprender a converter 5 moedas
Real, Dólar, Peso argentino, Peso chileno e Peso Uruguaio






Conhecemos lugares maravilhosos, literalmente fomos nos confins do mundo. O que antes era menções em livros de histórias ou programas no discovery tornou-se realidade em experiências própria. Conhecimento ao vivo e a cores. Estreito de Magalhães, Canal de Beagle, Torres del Paine, Ushuaia, Perito Moreno, Cordilheira dos Andes, Estepe, Deserto, Pampa, Neve, Gelo, Calor, frio, Guanacos, Pinguins, Lobos Marinhos, Cormoranes, entre tantas outras novidades. Fica aqui, tudo registrado, e claro também em nossas memórias.
Termino esse blog com gostinho de quero mais. Foram quase três mil acessos no decorrer das postagens. Recebi muitos e-mails, recados no orkut, facebook e no twitter, além dos comentários aqui mesmo. 
Quem sabe uma nova aventura no futuro...

Uma homenagem para os países que visitamos. Brasil, Argentina, Chile e Uruguai.







Muito obrigada pela companhia, pelos comentários estimuladores que foram feitos e pela deliciosa viagem que fizemos juntos.
                                               Hasta la Vista!!!

Dia 24 - 14/01/2011

Rivera faz fronteira com a cidade brasileira de Santana do Livramento, e pelas ruas e lojas só se escuta falar em portugês. Os brasileiros invadem a cidade a procura de bons preços nos diversos produtos a disposição. Nós compramos de tudo um pouco. Os 260 km que ainda faltavam para terminar a viagem dos nossos parceiros foram carregados de caixas com as compras. Tinha de tudo, desde pêssegos até climatizador.


Esta foto foi tirada para registrar o fim da nossa aventura Aqui estamos descarregando a bagagem na garagem do Paulo e da Kátia. Todos satisfeitos com a viagem realizada e felizes por ter concretizado um sonho. Claudio e eu ainda temos mais 500 km pela frente. 

Dia 23 - 13/01/2011

Depois de uma noitada no Conrad em Punta del Leste partimos para Montevideo.  Desviamos um pouco nosso caminho de volta pra casa para eu ter a oportunidade de conhecer a  capital do Uruguai, uma bonita cidade  na beira do Rio da Prata.
Essa foto foi tirada no Monumento do Carreteiro, importante ponto de visitas da cidade.

Esta outra foi no Mercado Público de Montevideo onde almoçamos e conhecemos um pouco mais da cultura local.

Depois dessa rápida visita seguimos para Rivera, fronteira do Uruguai com o Brasil. Estávamos definitivamente voltando para casa e todos nós ansiosos para novamente pisar em solo brasileiro.
Chegamos em Rivera a noite e já fomos procurar um hotel. Estávamos apenas 260 km de Santiago, porém como é zona franca decidimos fazer algumas comprinhas antes de finalizar a viagem.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Dia 22 - 12/01/2011

O prato mais famoso do litoral Uruguaio certamente é "los mejillones Provenzal" ou no bom português Mexilhões à Provençal. Em Piriápolis saboreamos essa delícia em um restaurante que serve há mais de 50 anos. Nos lambuzamos com los mejillones acompanhado de um geladinho vinho branco.


Depois fomos para Punta del Leste, eu era a unica do grupo que ainda não conhecia o badalado balneário. No caminho passamos para conhecer Casapueblo que é a antiga casa de verão do artista uruguaio Carlos Paez Vilaró e é agora uma cidadela-escultura que inclui um museu, uma galeria de arte e um hotel chamado Hotel Casapueblo que fica dentro da estrutura. Ele está localizado em Punta Ballena, próximo de Punta del Este.

Em Punta um por-do- sol maravilhoso


Claro que não poderíamos deixar de conhecer o famoso Casino Conrad

cartão-postal de Punta del Este é a obra do escultor chileno Mario Irarrazabal: La Mano. São dedos saindo da areia, cujo significado seria a “presença do homem surgindo na natureza”.

Aqui estamos no ponto onde separa o Rio da Prata com Oceano Atlântico. 




sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Dia 21 - 11/02/2011

Seguimos viagem para Buenos Aires. Novamente a procura de hotel para ficar. Depois que nos instalamos fomos até a Galeria Pacífico, mas as lojas já estavam fechando. Buenos Aires serviu apenas de dormitório para nós o que normalmente não aconteceria em outra ocasião. Então apenas um registro da passagem.

Na manhã seguinte fomos pegar o Buquebus. Um catamarã que nos levou para Colonia do Sacramento no Uruguay

Achei Colonia do Sacramento um lugar agradável e super simpático.

 Almoçamos lá e seguimos até Piriápolis. Praia em que o Claudio veraneou com a família dele durante sua juventude. Muitas lembranças para ele. Nós entramos no embalo e curtimos suas recordações. Foi muito bacana.
O Hotel Argentino, imponente construção ainda é o ponto central de Piriápolis e fomos lá conferir. Realmente impressiona pela grandiosidade e pela sua clássica contrução, além de manter tudo igual há anos atrás.

Ficamos em outro hotel porque não tinha vaga neste. Nossa vista foi privilegiada também

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dia 20 - 10/01/2011

Estrada, estrada e mais estrada....logo que saímos de Bariloche acompanhamos um rio lindo, azul e transparente. Incrível.




Andamos neste dia mil quilômetros e paramos para repousar na cidade de Santa Rosa. Neste lugar aconteceu algo inusitado. Paramos em um hotel para perguntar os preços, o recepcionista logo perguntou para nós se Argentina era melhor que o Brasil...daqueles fanáticos sabe...Katia disse que a Argentina tinha lugares muito lindo, eu disse que nossas praias eram melhores. Daí ele perguntou para nós..quem é melhor Pelé ou Maradona. Claudio na hora indagou: Depende para que?? Kátia que não tem papas na língua respondeu por ele: Para jogar futebol Pelé...mas para outras coisas... ( que nao vou citar por motivos éticos). Na hora nossa diária que era de 200 pesos passou para 400. Lógico que saímos do hotel rindo muito e fomos procurar outro. Ganhamos o dia, e certamente ele não fará essa pergunta para outro brasileiro. Sorine!!

Dia 19 - 09/01/2011

Bariloche é uma cidade linda, mas devo confessar que sem neve ela perde seu charme maior. O lago Nahuel Huapi no meio das montanhas é protagonista do cenário. De manhã fomos visitar o Cerro Campanário que foi considerado pela revista National Geografic como sendo umas das sete visões mais lindas do mundo. Olha nós lá.



É tudo muito lindo mesmo!!!
Surf na pedra no Cerro Campanário

A noite fomos jantar uma bacalhoada perto do hotel, que por sinal estava muito boa e dormir cedo, afinal temos quase dois mil quilômetros pela frente até Buenos Aires.


Dia 18 - 08/01/2011



Seguimos viagem para Bariloche. Ainda viajamos por meio a estepe um bom tempo. Até que a geografia começou a  mudar. E o deserto com suas grandes planícies se transformou em montanhas majestosas e lindas nos meios de lagos.

A noite depois de instalados no hotel fomos jantar no El Patacon. Um restaurante maravilhoso, super bem decorado que parece casa de duendes. O cardápio: Cordeiro patagônico acompanhado com um belo vinho tinto. Mas antes o brinde de vinho branco com rosa mosqueta.

Dia 17 - 07/01/2011

Saímos de El Calafate com destino para Bariloche. Esperávamos viajar costeando a Cordilheira dos Andes e para nossa surpresa foi no meio da estepe...sempre avistávamos as cordilheiras, mas bem ao longe. O deserto também tem sua beleza e mesmo a repetição do visual deixou-nos deslumbrados com o nada no meio do nada. Tivemos receio em várias vezes, pois a viagem na estrada de rípio sempre é mais perigosa. Uma camionete passou em alta velocidade e lançou uma pedra que infelizmente atingiu o vidro do carro. Olha só o estrago.

Estrada de rípio

Fora esse incidente, que graças a Deus, só teve consequencias materiais, a viagem foi "tranquila"não fosse também o medo de ficar sem combustível naquele deserto interminável. Vimos um acidente de um casal de motoqueiros em meio a lama e pedras na estrada, oferecemos ajuda mas eles estavam bem. Seguindo nosso roteiro achamos o combustível em Bajo Carocoles, um lugarejo de 50 habitantes que surgiu no meio do nada e foi a nossa salvação, pois eu particularmente estava muito nervosa.
Depois de abastecermos tivemos os ânimos renovado e disposição para novas fotos.


A noite, já muito cansados chegamos em RioMayo, uma cidadezinha do velho oeste. Não dá nem pra explicar o atraso do lugar. 

Achamos um hotel que nos anos 50 serviu para hospedar os tropeiros que levavam lã de ovelhas até o porto para serem exportadas para a Europa, segundo nos contou o dono. Pela construção dá pra ter uma idéia.Aqui Paulo e Claudio carregando o carro.


domingo, 9 de janeiro de 2011

Dia 16 - 06/01/2011

Geleira ou Glaciar Perito Moreno localiza-se na Argentina. O glaciar é considerado uma das reservas de água doce mais importantes do mundo. É uma das geleiras mais imponentes e já foi chamada de a "oitava maravilha do mundo", devido à vista que se tem de seu topo. 




Tudo que eu falar do Glaciar Perito Moreno certamente não fará justiça ao que meus olhos viram. Essa espetacular montanha de gelo certamente é uma das visões mais estonteantes que já tive. Impressiona a grandiosidade e a imponência. Trata-se de uma "língua" de gelo que se estende das montanhas por 40 km até o lago onde sua frente chega até mais ou menos 70 metros de altura pra cima da água, para baixo chega a ter 210 metros.


A ótima estrutura das passarelas permite ver suas majestosas paredes e ouvir o desprendimento dos blocos de gelo. Um estrondo, provocado pelo impacto do gelo na água,  faz com que as pessoas todas procurem o ponto da queda e exclamem a surpresa do momento.

Aqui estamos na parte de cima das passarelas. Deste ponto a visão é impressionante, surreal e magnífica



O glaciar Perito Moreno despertou no nosso pequeno grupo o lado aventureiro. Resolvemos todos fazer o mini- treking. Sim, isso mesmo. Uma caminhada no gelo em cima de um dos glaciares mais famosos do mundo. Foi maravilhoooooosoooo!!!!

Aqui estamos nos preparando para colocar os "grampones"uma espécie de solado com grampos de ferros que é amarrado no calçado para podemos cravar os pés encima do gelo.

E começou nossa aventura que até então só tínhamos visto em filmes




Não podíamos fotografar durante os percursos, somente nos lugares de paradas por questões óbvias de segurança. No meio dos morros de gelos existe buracos enormes e sumidouros onde somente os guias experientes podem conduzir. Aqui eles vão abrindo passagens para o grupo passar

Caminhar por aquela imensidão de gelo certamente foi uma  experiência indescritível

água em seu estado mais puro

O branco azulado refletido pelo sol é um espetáculo a parte

Essa foto do Claudio é em uma parte alta da geleira proporcionando uma visão geral do local. Chegar lá não foi fácil


Foram duas horas de caminhada. Estávamos descendo, quando nosso guia mudou o rumo e começou outra subida. Seguimos ele e olha só a surpresa que tivemos

Whisky com alfajores e lógico, água puríssima direto da fonte e também o gelo para beber "on the rocks"
Olha só a felicidade da turma na hora do brinde. Inesquecível!!!

Demais né. Depois dessa "festa"descemos da geleira e fomos para a ilha esperar o barco pra nos levar de volta ao "continente".  



E para registrar o passeio, a foto oficial do lugar. Essas todos tiram. 


Amanhã muita estrada pela frente.